Yoga chitta vritti nirodhah
Yoga é a contenção das atividades da mente.
Patanjali – YOGA SUTRAS, v. 1.2
Conter as atividades da mente parece uma tarefa árdua quando se vive em uma época em que ela é cada vez mais solicitada a se voltar para fora, nossa atenção está sempre focada na família, no trabalho, nos estudos, nos amigos, na televisão, na internet, etc. e quase nunca em nós mesmos, só voltamos para nós quando o corpo reclama através de uma dor, um mal estar ou até uma doença.
Mas foi assim que o grande Rish (sábio) Patanjali começou seus ensinamentos sobre o yoga, dizendo que a mente deve ser contida para que possamos estar em harmonia no mundo. Em seu livro Yoga Sutras, que é o principal texto do yoga, ele descreve oito etapas que devem ser seguidas para se obter este estado – yama, niyama, asana, pranayama, pratyahara, dharana, dhyana e samadhi.
Esse texto está relacionado principalmente ao Raja Yoga, caminho que busca o yoga através do controle da mente. Estar em yoga é estar em perfeita harmonia com o cosmos e tudo o que há nele, inclusive você mesmo.
O Raja Yoga é um dos sete ramos do Yoga Clássico, os outros ramos são: Bhakti Yoga – que trabalha por meio da fé incondicional, porém consciente; Karma Yoga – segue a lei de ação e reação do universo; Tantra Yoga – trabalha através do domínio das energias; Jnana Yoga – busca compreender a verdade suprema; Mantra Yoga – trabalha com as vibrações dos sons; Hatha Yoga – o caminho mais conhecido e aceito nesta era usa o corpo como veículo para chegar a harmonia com o universo.
A prática de qualquer um destes ramos auxilia a mente a voltar para o seu centro, para sua essência, proporcionando condições para viver neste mundo com alegria, saúde, contentamento e consciência de si, do espaço que se ocupa nele, da responsabilidade para com o mundo sem se esquecer de si.
Para conhecer realmente todos os benefícios que o yoga pode lhe trazer é preciso praticá-lo, sentir a sensação de paz, amor e leveza em seu próprio ser.